7 de novembro de 2010

O tempo.

" Entre a flor e a raiz há o TEMPO", escreveu Drummond. O precioso tempo- que depois que passa chega a ser reconfortante. Mas o que fazer com ele agora? Minha avó  já dizia que água que se vigia não ferve. A água está no fogo... levanto, durmo, abro um e-mail, preparo o café da manhã, vou à praia, ao trabalho, ao banco, ligo o som, ligo pra alguém. Às vezes a chuva me pega de surpresa e me força a pensar... no tempo. E quanto mais eu penso, mais ele se arrasta. Aí faço planos, projetos, baixo mais músicas, brinco com a cachorra, dou risada. Seria bem melhor que a flor já tivesse brotando. Mas acho que pela lógica da natureza, tão bem observada pela minha avó, se vigiar vai ser pior...então vou fingir que não estou vendo...
Finjo, mas não completamente...


Bela manhã de domingo, tempo querendo abrir aqui no Rio de Janeiro.

6 comentários:

  1. amei
    Qdo vc postou no face essa frase ja havia me inspirado.
    se fizessemos uma estatistica de qtas pessoas estão apostando suas fichas no tempo até o desabrochar da flor, ficariamos estarrecidas..e vigiá-lo é inconsciente, precisa treinamento para não fazê-lo!
    que bom que vc tem tantas opções prazerosas e deliciosas para se distrair da vigilia.
    beijinhos

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  2. Ah, o tempo!
    Curiosamente, quanto mais olhamos para ele mais intransigente ele se torna, como se só funcionasse quando estamos ocupados com outra coisa. Como, aliás, muito bem descreve no seu texto. Então o melhor é mesmo fazermos coisas, porque a vida só é vida se nos esquecermos dele, do tempo.

    beijo :)

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  3. É muito te ter de volta no universo dos blogueiros, minha poeta preferida... Beijos, Luiz

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  4. Um beijo com muito carinho... vocês me inspiram!

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